
Ao sair pro almoço, falamos pro pressoal da agência que dividia conosco o endereço: ‘de tarde não voltamos porque vamos casar’. Surpresos, correram atrás de informaçoes, descobriram local e hora e ao chegarmos no local, esse da foto aí de cima, ele estava lotado. Só tínhamos comunicado os detalhes para os nossos pais. Mas eles (e os publicitários) conseguiram mobilizar uma multidão e o evento, que ia ser simples e discreto, acabou virando uma festa de arromba. Só mesmo o padre esqueceu que tinha marcado um casamento para aquele 23 de março de 1977, uma quarta-feira que nem hoje, obrigando o noivo a localizá-lo, pra não decepcionar a ávida plateia.



Acabou que o tanto de gente ajudou os noivos a escapulir da recepção e ir cuidar de sua vida, que seguiu roseanamente esquentando e esfriando, apertando e afroxando, sossegada ou desinquieta, mas vivida intensamente, com muita garra e amor, vibrando com alegria nas vitórias, renovada com a chegada dos filhos, que deram novo significado à caminhada. 45 anos se passaram e a aventura continua, com os dois véin soltos na buraqueira. E querendo sempre mais…
