
O campeonato brasileiro sem público nos estádios acabou na quinta feira à noite. O glorioso Clube Atlético Mineiro, que abdicou de disputar o título nas cinco últimas rodadas, chega em terceiro lugar, a 3 pontos do campeão. O consolo besta de ser superior no confronto direto: Galo 5×0 (1×0 e 4×0).
Aliás, um campeonato meio fora de ordem. Pareceu sempre que os times que disputavam o título não queriam conqustá-lo. Até a última rodada. O campeão perdeu e o único time que ainda podia superá-lo empatou num melancólico 0x0. (Na minha regra, 0 a 0 não daria ponto a time nenhum). Algo a ver com a impossibilidade de fazer uma verdadeira festa de campeão? Tenho dúvidas, pelo comportamento da população.
Contra-senso mesmo falar de festa e futebol no dia que os dados desatualizados do Ministério da Saúde dão conta de 254.952 mortos pela covid19. Perdemos a noção de valores. Normalizamos o absurdo. As vidas são reduzidas a números e gráficos na mídia, sem provocar nenhuma revolta. Até que atinjam nossos entes queridos. Precisamos lembrar que o homem é um ser social. No cada um por si, Deus sempre será do contra. Não percamos isso de vista. E, juntos, poderemos controlar o vírus e os vermes oportunistas aliados dele e voltar a festejar o campeonato de nosso time de coração.
